img_cuales_son_los_beneficios_de_la_vitamina_d_21524_origDra. Luciana Maluf – Dermatologista

Desde que a tecnologia para mensurar os níveis de vitamina D no organismo tornou-se mais acessível, houve um significativo aumento da produção científica sobre o assunto, o que faz com que os médicos estejam mais alertas sobre esta questão.

Hoje constatamos que muitas pessoas estão deficientes desta que, na verdade, não é uma vitamina – é um hormônio esteroide. Alimentação incorreta é um dos fatores que impedem um aporte ideal de vitamina D, mas o sol é fundamental para que o corpo mantenha níveis saudáveis de vitamina D.

O ideal é expor-se à luz do sol – braços e pernas – pelo menos 10 a 15 minutos todos os dias, sem filtro solar. Deve ser aquele ‘sol amigo’ – antes das 10 e depois das 16h. Alimentos como peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha), carnes vermelhas, ovos, leite e queijo, manteiga e feijões – garantem um bom aporte da vitamina D.

A única forma de saber se você está deficiente de vitamina D é por meio de um teste sanguíneo. No entanto, existem sinais e sintomas que também alertam para o problema. Se você se identificar com algum destes sinais, convém procurar seu médico e checar seus níveis de vitamina D.

  1. Você tem pele escura– Então você precisa de uma exposição 10 vezes maior para produzir a mesma quantidade de vitamina D que uma pessoa de pele clara. O pigmento que faz a pele ser escura atua como um protetor solar natural, assim quanto mais pigmento você tiver, mais tempo de exposição ao sol você vai precisar para manter níveis adequados de vitamina D.
  2. Você se sente triste– A serotonina, o hormônio do cérebro associado ao humor, eleva-se com a exposição à luz brilhante e diminui significativamente quando você não se expõe ao sol. Em 2006, cientistas avaliaram os efeitos da vitamina D na saúde mental de 80 pacientes idosos e descobriram que aqueles com os menores níveis de vitamina D eram 11 vezes mais propensos à depressão do que aqueles que receberam doses ideais da vitamina.
  3. Você tem 50 anos ou mais – À medida em que você envelhece, sua pele já não produz muita vitamina D em resposta à exposição solar. Ao mesmo tempo, seus rins tornam-se menos eficientes para converter a vitamina D em substâncias que o corpo possa utilizar. Além disso, adultos mais idosos tendem a ficar mais tempo dentro de casa (ou seja, tomando menos sol e daí menos vitamina D).
  4. Você está com sobrepeso ou obeso/a – A vitamina D é uma espécie de hormônio solúvel em gordura, o que significa que a gordura corporal atua como um ‘ralo’ coletor dela. Se você está no sobrepeso, ou já sofre de obesidade, muito provavelmente você precisará de mais vitamina D do que uma pessoa magra. O mesmo se aplica a pessoas que tem uma grande massa muscular, como os halterofilistas e atletas de fisiculturismo.
  5.  Seus ossos doem – Muitas pessoas que se queixam de dores no corpo, especialmente aquelas combinadas com fadiga, acabam sendo mal diagnosticadas com fibromialgia ou síndrome da fadiga crônica. No entanto, muitos desses sintomas são clássicos sinais de deficiência de Osteomalacia– o que é diferente da deficiência de vitamina D que causa osteoporose nos adultos. Neste caso, a deficiência provoca um defeito no processo de transformação do cálcio numa matriz de colágeno no esqueleto. Como resultado, aparecem as dores latejantes nos ossos.
  6. Suor na cabeça – Este é um dos primeiros e clássicos sinais de deficiência de vitamina D. Médicos pediatras costumam perguntar às mães se seus bebês apresentam suor na cabeça por esta razão. Suor excessivo em recém nascidos devido a uma irritabilidade neuromuscular é um dos sintomas de deficiência precoce de vitamina D.
  7. Você tem problemas gastrointestinais – Lembre-se de que a vitamina D é lipossolúvel, o que significa que se você tiver um problema gastrointestinal que afeta a sua capacidade de absorver gordura, você pode ter uma baixa absorção de vitaminas solúveis em gordura, entre elas a vitamina D. Condições como doença de Crohn, doença celíaca, ou sensibilidade ao glúten, e inflamações intestinais são alguns dos problemas de saúde que podem afetar os seus níveis de vitamina D.
  8. Seus cabelos estão caindo – Se você está removendo mais cabelo do ralo do que o usual, fique atento/a: provavelmente seus níveis de vitamina D estão abaixo do desejável. Pesquisadores da universidade de Cairo descobriram que mulheres que tem de moderada a severa perda de cabelo apresentam baixos níveis de vitamina D. Os pesquisadores acreditam que a vitamina D pode estar associada à expressão dos genes que promovem o crescimento normal dos cabelos.

Hoje em dia recomendamos que se os níveis sanguíneos de vitamina D estiverem nos limites da normalidade, o ideal é ingerir um suplemento de 600 mg de vitamina D por dia.

Ainda não há um consenso sobre os níveis ideais de vitamina D no organismo, portanto, se o diagnóstico é de deficiência de vitamina D, o médico indicará a dosagem da suplementação mais adequada.

 

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