cigarro_prejudica_cicatrizao

O tabagismo é responsável por diversas doenças crônicas e tem sido cada vez mais apontado como a razão pelo envelhecimento precoce da pele. É o que mostra um estudo com 77 pacientes, 43 não tabagistas e 34 tabagistas, entre 40 e 60 anos!

Indivíduos tabagistas e não tabagistas foram avaliados por um estudo de acordo com o tempo e a quantidade de cigarros fumados, o sexo, a cor da pele e a idade. O mais curioso é que não houve diferenças em relação à quantidade de cigarros fumados e o tempo desse hábito, de acordo com sexo. A análise das variáveis evidenciou que o tabagismo, a cor da pele e a idade são fatores independentes para o envelhecimento facial, o que conclui que o tabagismo é fator de risco independente para o envelhecimento cutâneo. Esse achado confirma os efeitos nocivos do cigarro, constituindo-se em mais um argumento na luta contra o tabagismo.

Atualmente, um terço da população mundial de 15 anos ou mais é fumante, o que corresponde a 2,4 bilhões de pessoas. Mais de 75% das mortes por câncer do pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica são diretamente atribuídas ao tabagismo. Mas o cigarro não provoca apenas doenças mais graves, ele influi em todas as camadas do corpo humano, e é capaz de provocar alterações na pele; entretanto, os mecanismos fisiopatológicos destas alterações são complexos.

A fumaça do cigarro contém mais de 4.000 substâncias tóxicas, mas é a nicotina o composto mais nocivo de todos. Ela é responsável pela vasoconstrição, que gera diminuição do fluxo sangüíneo, cujo mecanismo ainda é desconhecido; porém acredita-se que a nicotina esti- mule a vasopressina. Além disso, o fumo atua no sistema nervoso simpático, que também causa vasoconstrição. Esses fatores, em conjunto, geram falta de oxigênio significativa nos tecidos, ou seja, um único cigarro determina vasoconstrição cutânea por mais de 90 minutos. A isquemia crônica dos tecidos gera lesão das fibras elásticas e diminuição da síntese do colágeno.

Outros estudos mostraram que a estimulação dos leucócitos pelos componentes do tabaco causa liberação de radicais livres que podem causar lesão nos tecidos, pela inativação das enzimas que em circunstâncias normais protegeriam o tecido da ação de degradação de proteínas por enzimas, como o inibidor da α-1-proteinase. Esses radicais livres são normalmente inativados pelo retinol, betacaroteno e tocoferol, porém nos tabagistas os níveis dessas substâncias são baixos.

As características do envelhecimento facial causadas pelo tabagismo, são bastante intensas e determinadas por alterações das fibras do colágeno da derme profunda, razão por que as rugas são bem marcantes. Além de rugas proeminentes, proeminência dos contornos ósseos, pele atrófica e cinzenta e pele pletórica, ou seja, tecido excessivo e sem elasticidade, o fumo ainda causa formação defeituosa da elastina, tornando a pele mais espessa e mais fragmentada, gera, nas mulheres, um estado hipoestrogênico que pode estar associado com pele seca e atrófica e com piora do seu aspecto geral, As alterações teciduais da pele causadas pelo tabagismo incluem-se em assunto mundialmente estudado; embora a literatura não seja muito extensa, de forma unânime refere que sim: o tabagismo causa envelhecimento facial precoce.


Pele cinza

Em 1965 Ippen e Ippen definiram “a pele do tabagista” como pálida, cinzenta e enrugada. Num grupo de mulheres com idade variável de 35 a 84 anos, eles encontraram esse tipo de pele em 79% das fumantes e em 19% das não fumantes. Em 1971 Daniell mostrou que linhas ou rugas de expressão eram mais proeminentes e comuns entre fumantes em comparação com não fumantes em todas as idades, sexo e mesmo nos grupos com maior exposição solar.


As “ faces do tabagismo”

Em 1985, Model definiu os critérios clínicos de “fácies de tabagismo”: a) rugas proeminentes; b) proeminência dos contornos ósseos; c) pele atrófica e cinzenta e d) pele pletórica. O autor considerou que apenas um critério é suficiente para caracterizar a fácies. A avaliação dos pacientes deste estudo teve como base essa classificação.

 

Confira o vídeo do site Buzz Feed sobre os efeitos do cigarro na pele!

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