alopeciadralucianamalufAlopecia

Alopecia é um termo médico geral para designar a perda de cabelo, que pode ser de diversos tipos com diferentes sintomas e causas. As alopecias odem ser classificadas em congênitas ou adquiridas, difusas ou localizadas, cicatriciais ou não-cicatriciais.

Alguns dos mais comuns tipos de perda de cabelo são:

Alopecia Androgenética

O padrão masculino de calvície é o mais comum tipo de perda de cabelo, afetando cerca da metade dos homens em torno dos 50 anos. Geralmente começa aos 27/29 anos e grande parte dos homens já apresenta algum grau de calvície ao final dos seus anos 30.

Tipicamente o cabelo vai ficando fino e cai aos poucos em torno da coroa da cabeça, deixando uma região calva em forma de ferradura.

Às vezes o processo continua até a calvície total, ainda que não seja muito comum.

Este tipo de perda de cabelo masculina tem características hereditárias. A causa pode estar ligada a certos hormônios masculinos e a folículos capilares extremamente sensíveis.

Assim como nos homens, esse tipo de calvície às vezes afeta as mulheres, mas o quadro clínico é um pouco diferente. O cabelo se afina difusamente e cai no topo da cabeça. Ainda não está completamente claro se existe o fator hereditário para este padrão de calvície feminina e as causas não são totalmente compreendidas. No entanto, o problema tende a ser mais notado no período da menopausa, talvez devido à escassez de alguns hormônios femininos.

Este tipo de alopecia pode estar associado à seborreia do couro cabeludo e não há relação com doença sistêmica.

Alopecia areata

A alopecia areata causa “clareiras” arredondadas de calvície do tamanho aproximado de uma moeda grande, que geralmente aparecem no couro cabeludo e na barba, mas podem ocorrer em qualquer lugar do corpo.

Acontece em qualquer idade, mas na maioria das vezes afeta adolescentes e adultos jovens.

Em muitos casos de alopecia areata, o cabelo crescerá de volta em alguns meses. Primeiro o cabelo cresce fino e branco, mas com o tempo engrossa e recupera a cor normal.

Algumas pessoas acabam desenvolvendo formas mais severas de perda de cabelo, como:

A alopecia areata é causada por um problema no sistema imunológico. É mais comum nas pessoas que tem alguma condição autoimune, como hipertireoidismo (glândula tireoide super ativa), diabetes ou síndrome de Down e pode estar bastante associada ao stress emocional.

Acredita-se também que alguns genes tornam as pessoas sensíveis à alopecia areata, pois uma em cada cinco pessoas afetadas tem um histórico familiar desta condição.

A alopecia areata pode acontecer em qualquer idade, ainda que seja mais comum entre 15 e 29 anos.

Alopecia cicatricial

Este tipo de alopecia geralmente é causado por complicações de uma outra condição de saúde. O folículo capilar (um buraquinho diminuto na pele de onde o cabelo cresce) é completamente destruído com o tempo. Isso significa que o cabelo não crescerá novamente. Dependendo da condição, a pele onde o cabelo caiu é afetada de alguma forma.

Alguns problemas de saúde que podem causar a alopecia cicatricial incluem:

A alopecia cicatricial ocorre tanto em homens quanto em mulheres, e é menos comum em crianças.

Eflúvio Anágeno

É a perda de cabelo generalizada que pode afetar a cabeça, a face e o corpo. Deve-se sempre a um fator externo e uma das causas mais comuns deste tipo de perda de cabelo é o tratamento de câncer por quimioterapia. Outras causas podem ser: infecção, febre, radioterapia, cirurgias prolongadas.

O problema começa após algumas semanas do início do tratamento. Na maioria dos casos, o eflúvio anágeno é temporário – o cabelo volta a crescer alguns meses após o término da quimioterapia.

Eflúvio Telógeno

Este é um tipo bastante comum de alopecia que começa com o afinamento do cabelo, ao invés de “clareiras” de calvície. O cabelo cai em mechas e outros pelos do corpo não são afetados. Dificilmente esta condição progride para a perda total do cabelo.

A maioria das causas do eflúvio telógeno está relacionada a reações que o corpo faz a:

Na maioria dos casos de eflúvio telógeno, o cabelo pára de cair e volta a crescer naturalmente em cerca de seis meses.

Tratamentos

Os problemas de perda mais comuns, como a calvície padrão de homens e mulheres, não precisam de tratamento clínico, pois são parte natural do processo de envelhecimento, o que significa que não há riscos à saúde. No entanto, qualquer tipo de perda de cabelo pode ser estressante e esteticamente desconfortante, portanto é importante procurar um médico dermatologista para obter um diagnóstico apropriado e proceder a um tratamento para amenizar ou ficar livre do problema.

O médico fará um exame clínico do cabelo, podendo usar um dermatoscópio, levantará seu histórico clínico e talvez sejam necessários alguns exames laboratoriais, já que é sempre preciso descartar um problema de saúde mais sério que esteja provocando a queda de cabelos.

Os tratamentos sempre buscarão estimular os folículos a voltarem a produzir cabelo. É importante que o tratamento continue até o completo desaparecimento do problema que provocou a queda de cabelo. Os recursos terapêuticos comumente utilizados são:

Injeções de corticoides

Este é o tratamento bastante comum, e consiste de injeções com agulhas bem pequenas, aplicadas diretamente na pele, no local afetado – uma vez por mês ou a cada 15 dias, dependendo da afecção e indicação. Cremes e loções com corticoides também podem ser utilizados em casa, sob prescrição do médico. Os resultados aparecem em três a quatro semanas e os efeitos colaterais são praticamente irrelevantes.

Componentes tópicos e sistêmicos

No geral são prescritos para uso contínuo por alguns meses, como manutenção ao procedimento feito no consultório.

Se a perda de cabelos não for total, uma solução de uso tópico com 5% de Minoxidil, aplicada duas vezes ao dia, pode ajudar bastante no crescimento do cabelo. É um vaso dilatador que estimula as células do folículo piloso, assim como a Auxina Tricógena e o Jaborandi.

A Finasterida impede a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona e atua como inibidor competitivo da 5-alfa-redutase no folículo piloso.

A suplementação sistêmica com Complexo B, Cálcio, Cistina, Cisteína, Zinco, Vitamina E também tem seu valor, mas os resultados são muito variáveis, assim como a Nicotinamida, o Extrato de Cantárido e outros.

Há estudos sobre o Exynutriment, que aumenta a síntese de colágeno e elastina e estimula a reposição de cabelos mais espessos e resistentes.

Outras indicações tópicas e/ou sistêmicas são a antralina, a difenciprona, outros anti-andrógenos (ciproterona, espironolactona, etc) e o dermatologista indicará, para cada caso, a melhor opção.

Outros Procedimentos no Consultório

A utilização de técnicas com Laser Fracionado Não Ablativo ou Microagulhamento, seguidos da técnica de drug delivery (colocação de substâncias estimuladoras dos folículos imediatamente após), impulsiona e estimula com mais rapidez o crescimento e a saúde dos cabelos.

Quando houver o insucesso de todos esses tratamentos tópicos, sistêmicos e minimamente invasivos, uma avaliação para o Transplante de Cabelos pode ser a solução.

  

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