Em entrevista à TV CARAS, a dermatologista Luciana Maluf explica como surge a dermatite seborreica, popularmente conhecida como caspa, e como tratá-la

Luciana Maluf, Pietra Mesquita e Thaíse Ramos

Luciana Maluf é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Reprodução/Instagram

A caspa ou dermatite seborreica é uma inflamação na pele que causa principalmente descamação e vermelhidão em algumas áreas do rosto, como sobrancelhas e cantos do nariz, couro cabeludo, orelhas e tórax. Ela pode ser bastante frequente no inverno justamente por conta do ressecamento devido ao ar mais frio e pela diminuição de ingestão de água, muito comum neste período do ano. Em entrevista à TV CARAS, a dermatologista Luciana Maluf explica como ela surge e como tratá-la.

“O mais comum que a gente conhece da dermatite seborreica é a caspa, que é muito popularmente falada. Ela é uma dermatite seborreica considerada leve porque solta camadinhas de queratina, que é a camada mais superficial da pele, por conta de excesso de oleosidade. Quando a gente fala: Aqui no meio das sobrancelhas está descamando. É o contrário, está inflamado, por isso está descamando dessa forma, está mais oleoso. Então, tem que usar um creme que faz o papel de anti-inflamatório. Geralmente, um creme de corticoide leve para desinflamar. E depois hidrata, com um produto que não aumente a oleosidade, que só traga a hidratação”, informa.

De acordo com Luciana, as pessoas confundem muito a dermatite seborreica com pele ressecada. “Porque está seca, áspera, parece que é mais endurecida, desidratada, e não é. Ela é um excesso de oleosidade misturada com inflamação, que solta essas caspinhas, que são as camadas mais superficiais da pele, são queratina. Dá no inverno porque a gente fica com esse ressecamento; ressecamento este que vem do tempo frio. O organismo entende: estou sendo agredido, preciso produzir uma oleosidade para combater, para fazer o meu escudo. Mais ou menos assim, leigamente falando, para que as pessoas possam entender. E aí, a pessoa começa a ter mais oleosidade, começa a ter essa inflamação, forma a dermatite seborreica, mas ela entende que está áspero. E vira um ciclo isso”, diz.

A dermatologista destaca que a mesma coisa acontece com o cabelo mais oleoso. “Muitas vezes, a gente vê que as pontas são mais ressecadas e na raiz é mais oleoso, isso porque quem faz a oleosidade no cabelo é o couro cabeludo e não o cabelo em si. Então, é uma dermatite seborreica considerada leve porque é só caspinha. Agora, quando começa a fazer feridinha, aí sim, ela está evoluindo. E aí a gente tem os remédios anti-seborreicos, que ajudam a contrair essa oleosidade em excesso, a diminuir essa inflamação para que volte ao normal”, fala.

Também existe a dermatite atópica. “É uma falta de proteção da pele, onde a gente fica mais ressecado porque a gente perde mais água, justamente por não ter essa película de oleosidade necessária e natural de proteção da barreira cutânea. A dermatite atópica, aí sim, precisa hidratar muito. Creme diariamente, sete vezes na semana”, finaliza.

Luciana Maluf – Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da American Academy of Dermatology; Especialista em estética avançada, laserterapia e peles étnicas. CRM 113.699 / RQE 34.552.

A dermatologista Luciana Maluf – Reprodução/Instagram
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