Especializada em peles étnicas, a Dra. Luciana Maluf dá dicas de cuidados diários e indica os melhores tratamento para as peles negras

Quando usado no contexto da dermatologia, o termo “etnia” também se refere aos diferentes fatores ambientais e culturais que influem na saúde e aparência da pele. Por isso usamos o termo peles étnicas.

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Nossas constantes atualizações e estudos sobre o assunto demonstraram que a estrutura e os problemas cutâneos variam de acordo com o grupo étnico. O que, por sua vez, também influi no modo de tratar a pele – seja na cosmiatria ou na dermatologia clínica –, e na natureza dos produtos que devemos usar.

Quando falamos em fotoproteção, por exemplo, verifica-se uma maior proteção natural contra raios UV em peles mais escuras. Mas proteger-se do sol é imprescindível para todos! Se, por um lado, o câncer de pele, uma das decorrências mais graves da falta de proteção, é menos predominante em peles mais escuras; por outro, estudos realizados nos Estados Unidos sugerem que quando o problema é descoberto nessas peles, são maiores as chances de ele estar num estágio mais avançado.

Distúrbios de pigmentação também podem ocorrer em todos os tipos de pele. Porém, são mais comuns em indivíduos de origem asiática, hispânica ou africana. Ao passo que doenças inflamatórias comuns, como a dermatite atópica ou acne, podem causar mudanças na pigmentação em peles mais escuras.

E por falar em alterações na coloração, as peles negras tendem a “disfarçar” mais manchas de idade causadas pelo sol. No entanto, o melasma (uma forma de hiperpigmentação que aparece geralmente nas bochechas, nariz, testa e buço) é mais comum entre pessoas com pele escura, latinas e asiáticas.

Indicações da Dra. Luciana

Especialista em peles étnicas, a Dra. Luciana Maluf recentemente esteve entre as profissionais ouvidas no especial Beleza Negra, da Revista Estetika, onde comentou tratamentos e também deu dicas de cuidado para essas peles.

“Algumas das características que devem ser levadas em consideração na hora de tratar essa pele incluem o fato de ser mais firme e endurecida, por possuir mais camadas e seu colágeno ser bastante compacto; e do pelo da raça negra ser curvilíneo, o que justifica ele crescer para fora e depois, ao fazer sua curvatura natural, acabar entrando novamente na pele, causando inflamação”, afirmou a Dra. Luciana na reportagem. “Duplo problema, porque a pele negra reage a qualquer inflamação produzindo uma quantidade enorme de melanina no local, gerando uma mancha”.

Confira abaixo algumas dicas de cuidados e procedimentos que garantem a saúde e a beleza das peles negras.

Peelings secativos – Eles podem também servir ao clareamento de manchas, caso do ácido salicílico. Dão melhor resultado quando ministrados pontualmente, apenas sobre o problema, e não no rosto todo.

Leia mais sobre os diferentes tipos de peelings.

Limpeza de pele – Para facilitar a extração de cravos também é interessante usar produtos e vapor que ajudem a amolecer essa pele e abrir os poros.

Depilação – É preciso evitar a luz intensa pulsada para esse tipo de procedimento nessas peles. A energia emitida pelo aparelho não é atraída apenas pelo pigmento do pelo, mas também da pele, o que pode provocar queimaduras e até hipocromias (manchas brancas).

Leia mais sobre métodos de depilação.

Microagulhamento – Melhor indicação para essa pele na hora de combater sinais de envelhecimento, já que o laser de CO2 pode provocar hiperpigmentação na pele negra. Se o microagulhamento for realizado na pele previamente preparada com clareadores, acaba deixando a cor mais uniforme e ainda controla a oleosidade excessiva, fecha poros e melhora a textura.

Lasers – Mas é possível usar lasers também. O melhor comprimento de ondas para a pele negra é o 1064, que atua nas camadas mais profundas, preservando a epiderme. Outra vantagem é que ele pode ser usado para várias finalidades, desde fechar poros a diminuir manchas até melhorar a acne e a oleosidade excessiva.

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Radiofrequência ou ultrassom microfocado + Bioestimuladores de Colágeno – Ótima combinação para estimular o colágeno, agindo na camada profunda da pele. A radiofrequência aquece a região provocando a produção de colágeno como um todo no local; o ultrassom microfocado ancora a pele ao músculo, produzindo colunas de coagulação que, em última instância, produz colágeno e causa firmeza na pele. O mesmo acontece com o bioestimulador: colocado nas camadas médias-profundas da pele, provoca um processo inflamatório que leva à síntese de colágeno regional aumentando a consistência da pele. Esse tratamento visa melhor as “curvas indesejadas” provocadas pela flacidez e perda de tecido que o processo do envelhecimento nos apresenta invariavelmente.

Conheça aqui outros tratamentos combinados.