As rugas faciais surgem quando o colágeno natural e as fibras de elastina começam a se deteriorar. Ainda que se trate de um processo natural, alguns fatores externos podem acelerar o quadro: como descuidar da fotoproteção, não proteger a pele dos efeitos da poluição, o hábito de fumar e a má alimentação, entre outros.
A dermatologia estética coloca à disposição diferentes técnicas e procedimentos que visam minimizar esses efeitos – e alguns casos, até mesmo evitar que apareçam precocemente. O principal objetivo deve ser sempre garantir resultados naturais, buscando atenuar os efeitos da passagem do tempo – melhorando aspecto e a harmonia facial sem alterar a expressão do rosto.
Para isso, um dos tratamentos mais conhecidos nos consultórios dermatológicos são os peelings químicos, que atuam de diferentes formas (dependendo da substância utilizada) e se encaixam em três categorias quanto à sua intensidade de ação: há os mais superficiais, que fazem “descamar” e retiram a camada morta de pele superior; e os médios e profundam, que têm em comum a propriedade de estimular a produção de colágeno, atenuando rugas, melhorando a textura e o brilho da pele.
Em geral, os peelings também ajudam a melhorar os poros – o que contribui para que cremes e tônicos possam penetrar mais profundamente na pele –, além de atenuar manchas e, dependendo do caso, até mesmo corrigir cicatrizes de acne.
Reunimos algumas informações sobre alguns tipos de peelings e como eles atuam. Mas lembre-se de sempre consultar seu médico dermatologista para escolher o mais indicado para cada caso.
Jessner – consiste em uma quimioesfoliação média, que atinge a epiderme e camadas superficiais da pele. É indicado principalmente para tratar acne e suas consequências, mas pode ser também usado para atenuar o fotoenvelhecimento e as hiperpigmentações (manchas) na face, no pescoço e no tronco. A solução de Jessner é uma combinação de resorcinol, ácido salicílico, ácido láctico e etanol. Procedimento simples, pode ser aplicado isoladamente ou associado a outros agentes quimioesfoliantes.
Ácido salicílico – consiste em uma esfoliação realizada com um ácido sintético do tipo beta hidroxi. Seu caráter anti-inflamatório, secativo e comedolítico (capaz de remover cravos e desinflamar espinhas) o tornam recomendado principalmente para pacientes com acne vulgar – aquela ligada à produção dos hormônios sexuais masculinos e que comumente se manifesta na puberdade e adolescência. O resultado é uma pele mais lisa.
Ácido retinoico – renovador celular que, quando aplicado sobre a pele, promove esfoliação química superficial. É também indicado para diminuição de espinhas, mas é eficiente ao suavizar rugas superficiais, clarear manchas e “renovar” a pele. Esse tipo de ácido promove a remoção de camadas superficiais cutâneas, estimulando a proliferação celular e a síntese de colágeno, além de facilitar a penetração de outros agentes químicos utilizados no tratamento do fotoenvelhecimento, por exemplo. Os resultados incluem uma pele visivelmente mais jovem, macia, uniforme e com poros mais fechados.
Ácido tricloroacético (ATA) – promove esfoliação das camadas da pele por meio da aplicação tópica. É recomendado para peles que apresentam um quadro de fotoenvelhecimento mais avançado, como a presença de rugas e cicatrizes mais pronunciadas, além de ceratoses e manchas. Aqui, o procedimento atinge camadas mais profundas da pele, rejuvenescendo-a. Pode ser aplicado em diferentes concentrações, de acordo com sua finalidade. Uma pele rejuvenescida, brilhante e mais clara – além da atenuação de rugas mais profundas – estão entre os benefícios.