Sabemos que a acne piora com alguns hábitos e tempos climáticos, porém, e o estresse? Piora?

A nossa pele tem pequenos “buraquinhos”, os chamados poros, que podem ser bloqueados pela oleosidade, por bactérias ou mesmo sujeira acumulada (como a trazida pela poluição). Quando isso acontece, eles entopem e, assim, inicia-se uma inflamação interna na pele. Se a deixarmos evoluir, juntam-se bactérias da pele e há a formação da pústula (que é aquela com um ponto amarelado no centro da inflamação). E se a pele é afetada repetidamente por essa condição, temos um quadro de acne.

De acordo com a Academia Americana de Dermatologia, a acne é o mais comum entre os problemas da pele. E, mesmo não sendo uma doença que apresente risco à vida, pode ser muito dolorosa, especialmente quando é grave. Existem diferentes quadros de acne, desde bem leve e sem inflamação, mas com “cravos” (comedões), até quadros importantes que podem causar grandes constrangimentos e afetar seriamente o paciente, tanto na sua autoestima, quantos nos seus hábitos de vida e socioeconômicos.

O estresse do dia – a – dia e da pandemia está evidente e, no geral, a grande queixa no consultório está sendo o aumento da oleosidade – o que, sabemos pode levar a quadros de acne tanto na adolescência quanto na fase adulta.

Diferentemente do que costuma acontecer na adolescência, quando a acne se desenvolve rapidamente e se espalha pelo rosto (ou mesmo pelo corpo, como nas costas e no tórax) de maneira mais exuberante; na idade adulta, as espinhas tendem a surgir gradualmente, de forma menos intensa e na região perioral (ao redor da boca), no queixo e no pescoço. O que não quer dizer que deixe de comprometer a saúde da pele e, consequentemente, a autoestima e o psicológico.

As lesões tendem a se concentrarem na chamada zona U do rosto, que compreende o queixo, o centro da face e o pescoço. No entanto, há quem apresente o problema em outras regiões, como também no colo e nas costas.

Estudos mostram que estudantes em épocas de prova, adultos em rotina de trabalho e o trânsito aumentam muito o estresse emocional e, com isso, aumenta a produção dos hormônios androgênicos estimulando o sebo em excesso. Este é o início do quadro da acne: os comedões; e se evoluem, viram  as “espinhas”.

Existem formas de tentar evitar o problema – em casa! As principais são: controlando os níveis de estresse, melhorando hábitos alimentares (como os doces, que em alguns indivíduos apresentam uma piora no quadro da inflamação), diminuindo o tabagismo (caso tenha), praticando exercícios físicos, seguindo rigorosamente a rotina de skincare e medicamentos indicados pelo seu Médico Dermatologista e outros.

Mas caso o problema vença o cerco, a boa notícia é que há diversos tratamentos para corrigir as marcas deixadas pela acne. O médico dermatologista deve analisar cada caso individualmente, indicar e ministrar o tratamento – que geralmente se utiliza da combinação de procedimentos. Entre eles, é possível destacar:

Peelings Químicos – Indicados para o tratamento da diminuição da oleosidade e clareamento das manchas escuras causadas pela inflamação da acne. Estes também melhoram a textura da pele e diminuem a inflamação, deixando – a mais uniforme.

Preenchimento Cutâneo – Maisusados para as cicatrizes que permaneceram após as grandes inflamações da acne, substâncias como ácido hialurônico ou bioestimuladores são injetadas sob estas cicatrizes deprimidas, levantando – as e deixando a pele com um relevo mais liso e homogêneo.

Lasers Ablativos e Não Ablativos – Usados tanto para oleosidade e manchas, como para alguns tipos de cicatrizes, eles permitem um remodelamento do colágeno local, melhorando a textura da pele, devolvendo sua saúde e brilho. É possível acrescentar um peeling superficial no final de cada sessão, aumentando o tempo de “reciclagem” das células da pele. Os resultados são ótimos!

Fios de PDO – Os fios de bioestímulos podem auxiliar na remodelação do colágeno e melhorar a coloração e o relevo das cicatrizes inestéticas deprimidas e atróficas deixadas pela inflamação clínica intensa.

Microagulhamento – Técnica que consiste em fazer micropuncturas na pele com um dispositivo que contém microagulhas na sua extremidade, abrindo assim canais na pele para aplicação que auxiliam e diminuem a acne nas camadas mais profundas da derme. Este procedimento que auxilia a formação e reorganização do colágeno após o microagulhamento (drug delivery), proporcionando o brilho e o viço da pele.

Existem diversos procedimentos e técnicas para amenizar os quadros de acne leve a severa, é preciso seguir rigorosamente as indicações dada pelo Médico Dermatologista e não se descuidar quando o quadro amenizar.

Não deixe a acne e o estresse diminuir sua autoestima e qualidade de vida!