A rosácea é uma doença de pele comum, cujos sintomas envolvem áreas de vermelhidão na pele e lesões inflamadas – especialmente nas bochechas, mas há casos em que o nariz, a testa e o queixo também são atingidos.

O quadro tem fator genético, o que significa que tanto os cuidados em casa quanto os tratamentos no consultório não conseguem promover sua completa eliminação. Mas há procedimentos capazes de amenizar sensivelmente a vermelhidão – conhecida como eritema – e a sensação de repuxamento, ardência e sensibilidade da pele, próprios do problema.

Há dois tipos de rosácea: a chamada granulomatosa (que acomete peles mais oleosas) e a telangiectásica (que atinge peles mais sensíveis e/ou ressecadas). A intensidade com que o problema se manifesta também varia de pessoa para a pessoa, com o tom da vermelhidão podendo ser mais ou menos intenso.

Cuidados em casa
Esclarecidos esses pontos, é importante lembrar que cuidados em casa são essenciais para qualquer tipo de manifestação do problema – assim como são também um “pré” e “pós” fundamentais para o sucesso dos procedimentos realizados no consultório.
Esse home care deve incluir, diariamente, uma limpeza e hidratação adequadas para o tipo de pele, assim como um fator de proteção solar, com ou sem base – lembrando que a base aparece aqui como um bom recurso para disfarçar a vermelhidão no dia a dia.

No consultório
Antes de qualquer indicação, é preciso diagnosticar o tipo de rosácea a ser tratada. Daí a importância de o processo ser todo acompanhado pelo médico dermatologista – da primeira conversa ao tratamento. Em geral, o melhor resultado exige cerca de três sessões mensais e, entre os tratamentos possíveis – e disponíveis na Clínica Luciana Maluf – merecem destaque:

Laser com ação específica ao tratamento vascular (vasos) – Ele atinge principalmente e diretamente os vasos sanguíneos da região, diminuindo a vermelhidão. Para as peles sensíveis/ressecadas, sua aplicação pode ser sucedida de uma máscara hidratante calmante. No caso das peles oleosas, ele pode ser associado a um peeling de caráter mais secativo, como o de ácido retinoico (que ajuda a renovar e inibir a produção de oleosidade pelas glândulas sebáceas) ou o salicílico, que também tem o fator queratolítico, como é chamado, que “afina” um pouco mais a pele e seca a oleosidade.

Microaguhamento – Recurso muito utilizado para esse caso, o microagulhamento aqui deve ser modulado de leve a moderado (mais para o leve). A ele pode ser combinado também um peeling ou um drug delivery, que pode ser com vitamina C ou outras substâncias que ajudam a amenizar o quadro geral, além de oferecerem um elemento rejuvenescedor.

Luz intensa pulsada – Podendo ou não ser combinado a um peeling, esse procedimento também age nos vasos – além de alcançar também outras manchinhas da pele. Nesse caso, a melhora pode ser percebida pelo paciente depois de uma ou duas sessões (podendo haver necessidade de uma terceira), dependendo da resposta orgânica de cada indivíduo.

Laser de CO2 – Indicado principalmente para a rosácea mais oleosa, o uso em modulação leve pode ser combinado ao drug delivery. Além da melhora do eritema – ou seja, da ação junto ao componente vascular da rosácea –, também serve ao rejuvenescimento da pele.

Como dito no início, o fato genético da rosácea impede que cuidados e tratamentos sejam definitivos. Em geral – e, na verdade, muitas vezes – é necessária a manutenção. A boa notícia, no entanto, é que, após os procedimentos, a intensidade com que surgem as crises de rosácea é muito menor, geralmente limitando-se a um leve rubor bem distante do “vermelho-tomate” que tanto incomoda.