Pele e poluição – Além das decorrências naturais do tempo, há fatores externos que podem acelerar o processo de envelhecimento – de todo o organismo e, claro, também da pele.
Estresse, sol, alteração do sono (que precisa ser sempre reparador), poluição (do ar, na água ou mesmo nos alimentos), dietas ricas em açúcar/gordura/industrializados, tabagismo ou até a maquiagem (quando não retirada adequadamente, impedindo a pele de respirar) formam um exército de inimigos da saúde e da beleza.
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Atualmente, cada vez mais estudos científicos têm comprovado o efeito maléfico desses fatores extrínsecos.
Principalmente dos poluentes, que alteram os microbiomas da pele, agridem diretamente as proteínas e os lipídios da barreira cutânea e induzem a inflamações que, em última instância, são responsáveis – entre outros problemas – pela produção dos radicais livres.
Além da fotoproteção
Proteger-se contra os efeitos nocivos dos raios UV não deve mais ser a única preocupação. Essa proteção tem que contemplar outros aspectos, como as já citadas poluição, estresse e má alimentação.
Ao acúmulo de danos desses agentes, somado aos fatores genéticos e a forma como cada indivíduo reage a essas agressões, damos o nome de Expossoma – fatores externos que provocam uma resposta orgânica negativa (tanto biológica quanto clínica), acelerando o processo de envelhecimento.
Atualmente, encontramos cada vez mais embasamento científico para afirmar o efeito nocivo de poluentes como o ozônio, as dioxinas, o óxido de nitrogênio, o monóxido de carbono (mais conhecido), partículas de infecção e contaminantes.
Esses agentes alteram os microbiomas da pele, agridem diretamente as proteínas e os lipídios da barreira cutânea e induzem a citocinas pró-inflamatórias – ou seja, induzem a inflamação.
Além disso, entram na célula e ativam o RNA (ácido ribonucleico, molécula responsável pela síntese de proteínas das células do corpo), levando esses ativos para a mitocôndria da célula – partículas cuja função é produzir a maior parte da sua energia.
Toda essa “aula de biologia” dentro do organismo termina por diminuir os níveis de vitamina C e E, e aumenta a peroxidação (degradação) lipídica. Resultado: aumento da produção de radicais livres pelo estresse oxidativo causado na célula, acelerando o processo de envelhecimento.
Escudo físico
Mas quando falamos em poluentes, não estamos nos referindo apenas à poluição do ar, por monóxido de carbono e o óxido de nitrogênio, nocivos (também) à pele.
São os metais tóxicos e microrganismos depositados em alimentos; os pesticidas, resíduos de drogas e nitratos que podem estar na água que bebemos; e as mais de quatro mil substâncias tóxicas encontradas no cigarro.
A poluição está presente em todos os ambientes e âmbitos da nossa vida, e isso interfere na saúde – não só orgânica, mas também da nossa pele, o real escudo físico que temos.
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Por isso, vale sempre estar em dia com os recursos que a dermatologia nos oferece para tornar esse escudo cada vez mais resistente.
Um leque de técnicas e procedimentos que, muitas vezes combinados, representam uma força tarefa contra os efeitos tanto do envelhecimento natural quanto daquele decorrente de hábitos pouco saudáveis (tabagismo, má alimentação) ou mesmo da vida agitada das grandes cidades (estresse, poluição…).
Muitos desses procedimentos podem, inclusive, serem ministrados numa mesma sessão, acelerando os resultados.
Conheça alguns desses aliados disponíveis na Clínica de Dermatologia Luciana Maluf e que, de forma simples – no consultório mesmo –, podem recuperar o que foi perdido, prevenir danos futuros e selar a paz entre você e a passagem do tempo.
Peelings – Mesmo os mais superficiais já ajudam na renovação celular. Seu efeito faz com que a pele “descame”, tirando o excesso de camadas de células mortas – e, por outro lado, proporcionando o crescimento de novas. O resultado é uma melhora na qualidade da pele, dando brilho, saúde e viço.
Saiba mais sobre os diferentes tipos de peelings.
Luz intensa pulsada – Além de tratar sardas, melanoses, ceratoses seborreicas (lesões benignas da pele) e vasinhos – que podem surgir com o tempo ou pela exposição solar crônica –, essa técnica também faz um estímulo de colágeno superficial, além de fechar poros. Aqui, também temos uma melhora na qualidade da pele como um todo.
Laser de CO2 – Boa indicação para o inverno, além de trocar a pele superficial, o laser de CO2 também ajuda a clarear manchas e eliminar vasos. Seu efeito provoca ainda um tightening (esticamento) da pele – ou seja, uma produção de colágeno mais intensa.
Leia mais sobre laserterapia.
Microagulhamento com drug delivery – O primeiro faz microfuros na pele, essenciais para que haja uma absorção mais profunda das substâncias a serem entregues na sequência (o drug delivery). Essa entrega vai depender de cada caso. Clareadores para manchas, rejuvenescedores para rugas, estimuladores de colágeno para flacidez e assim por diante. Quando feita no couro cabeludo, a técnica é associada ao drug delivery de componentes de crescimento e fortificação, devolvendo a densidade dos fios.
Toxina botulínica – Além de relaxar os músculos, com o intuito de amenizar ou eliminar rugas e vincos na pele – aqueles “riscos” na testa e ao redor dos olhos causados por movimentos musculares –, a toxina botulínica também promove a chamada biomodulação, melhorando a qualidade da pele.
Preenchedores – Fundamentais no processo de reestruturação facial: colocando coxins de gordura ou mesmo melhorando a parte óssea. Com diferentes substâncias, que vão variar de acordo com o objetivo do tratamento, os preenchedores seguem sendo grandes aliados para dar aquele up na autoestima – o que, por si só, já melhora a qualidade de vida do paciente. Combinados aos bioestimuladores, também aceleram a produção de colágeno.