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Diferentemente do que costuma acontecer na adolescência, quando a acne se desenvolve rapidamente e se espalha pelo rosto (ou mesmo pelo corpo, como nas costas) de maneira mais severa; na idade adulta, as espinhas tendem a surgir gradualmente e forma menos intensa. O que não quer dizer que deixe de comprometer a saúde da pele e, consequentemente, a autoestima.
Embora seja semelhante à acne da juventude, na idade adulta o problema é desencadeado por outros motivos. No caso das mulheres, as alterações hormonais seguem no topo da lista, mas fatores como hereditariedade, estresse, obesidade e níveis aumentados de colesterol e lipoproteínas de baixa densidade também aparecem entre as causas.
Há casos em que o problema persiste mesmo depois da adolescência e outros em que as espinhas surgem tardiamente – inclusive em quem não sofreu com elas quando mais jovem. Nos adultos, os primeiros sinais podem surgir entre os 21 e 25 anos, se estendendo até por volta dos 50.
As lesões tendem a se concentrarem na chamada zona U do rosto, que compreende o queixo inferior, o maxilar e o pescoço. No entanto, há quem apresente o problema em outras regiões, como o colo e as costas.
Tratamentos no consultório
Existem diversos tratamentos para corrigir as marcas deixadas pela acne. O médico dermatologista deve analisar cada caso individualmente, indicar e ministrar o tratamento – que geralmente se utiliza da combinação de procedimentos.
Entre eles, é possível destacar:
Peelings químicos – Indicados para o tratamento da diminuição da oleosidade e clareamento das manchas escuras causadas pela inflamação da acne, os peelings também melhoram a textura da pele, deixando-a mais uniforme.
Preenchimento cutâneo – Substâncias com o ácido hialurônico ou bioestimuladores são injetadas sob as cicatrizes deprimidas, levantando-as e deixando a pele com um relevo mais liso.
Lasers ablativos e não ablativos – Eles permitem um “remodelamento” do colágeno local, melhorando a textura da pele, devolvendo sua saúde e brilho. É possível acrescentar um peeling superficial no final de cada sessão, aumentando o tempo de “reciclagem” das células da pele. Os resultados são ótimos!
Microagulhamento – Técnica que consiste em fazer micropuncturas na pele com um dispositivo que contém microagulhas na sua extremidade, abrindo assim o caminho para que a medicação aplicada alcance camadas mais profundas da derme. As substâncias que auxiliam na formação e reorganização do colágeno após o microagulhamento (drug delivery) proporcionam um resultado extremamente satisfatório ao paciente, recuperando o brilho e o viço da pele.
Led Azul – Uma das mais recentes novidades para tratar o problema, o procedimento tem ação anti-inflamatória e bactericida, o que previne a formação de novas espinhas e acelera a cura das que já surgiram.
Cuidados em casa
A exemplo de outras ameaças à saúde e à beleza da pele, hábitos diários – incluindo os alimentares – têm um papel a cumprir nessa história. Para o bem e para o mal. O consumo excessivo de alimentos com muito açúcar (e não somente o chocolate) pode agravar o problema, assim como o uso de suplementos alimentares ricos em aminoácidos de cadeia ramificada, como os derivados do soro de leite. Por outro lado, vale trocar carboidratos simples por versões integrais e investir numa dieta rica em vitamina A (verduras escuras, cenoura e abóbora) – lembrando sempre que é importante considerar eventuais restrições alimentares.
Já entre os cuidados diários, um bom começo é a aplicação de soluções tópicas, que podem variar dependendo de cada caso. Esse home care também inclui lavar o rosto com sabonetes e produtos apropriados, lançar mão de um adstringente, recorrer a produtos secativos pontuais para as lesões e, superimportante, nunca esquecer o protetor solar e o hidratante – sim, mesmo para peles oleosas, procure as versões indicadas para o seu tipo de pele.
Maquiagens e outros cosméticos livres de óleo (busque pelo termo oil free no rótulo) também são indicados e, dependendo da recomendação médica, substâncias como o ácido retinóico, o peróxido de benzoíla e o ácido azeláico também podem compor o tratamento.