As mãos são a parte mais visível do corpo. Pacientes que se submetem a tratamentos de rejuvenescimento acabam apresentando uma discrepância entre a face rejuvenescida e as mãos envelhecidas. Ou seja, as mãos acabam denunciando a verdadeira idade cronológica. Alguns estudos comparativos têm demonstrado a segurança e a eficácia de tratamentos a laser e de luz intensa pulsada para rejuvenescimento das mãos.
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Neste estudo comparativo, do qual participei, o objetivo foi avaliar a eficácia clínica de um laser ablativo fracionado (2940nm) e de um laser não ablativo fracionado (Nd:Yag 1340nm), usados isoladamente e em combinação com luz intensa pulsada (IPL) para o rejuvenescimento das mãos.
O estudo foi conduzido no serviço ambulatorial de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí, em São Paulo, durante um período de 90 dias, com 12 pacientes de idades entre 47 a 71 anos. Os tipos de pele, na escala de Fitzpatrick foi de I a IV e as pacientes não haviam sido submetidas a tratamentos anteriores.
Fizemos três sessões de tratamento, uma vez por mês, dividindo o dorso das mãos em duas partes para usarmos os diferentes tipos de lasers. As análises fotográficas foram realizadas por um dermatologista que não participou das sessões de tratamento e que também não teve contato com as pacientes tratadas.
O rejuvenescimento geral for considerado de bom a excelente em todas as áreas tratadas das mãos, com melhora significativa nos resultados com a terapia combinada – laser 1340nm + luz intensa pulsada. Da mesma forma, as rugas, a pigmentação e as lesões de queratoses tiveram um clareamento considerável com os tratamentos combinados, em relação ao tratamento de laser isolado. Na avaliação dos pacientes, 83% preferiram a combinação terapêutica, mesmo experimentando um pouco de desconforto como efeito colateral.
Neste estudo concluímos que ambas as performances dos tratamentos de lasers – ablativos e não-ablativos – tiveram um bom resultado clínico. No entanto, a associação da Luz Intensa Pulsada ao laser não ablativo levou a uma maior taxa de satisfação, confirmando os resultados dos estudos de avaliação clínica já realizados. A combinação de tratamentos mostrou ser mais efetiva no rejuvenescimento das mãos com mínimos efeitos colaterais e ótimos resultados clínicos.
Este estudo foi selecionado pela Comissão Científica do último Encontro Anual da Academia Americana de Dermatologia, realizado em março deste ano, e apresentado aos médicos dermatologistas presentes sob a forma de pôster científico, como se pode ver na foto.
Nota da Dra. Luciana Maluf, co-autora do estudo: “Este trabalho reforça meus conceitos de conduta clínica de que a associação de tratamentos, quando corretamente indicada, é um excelente recurso terapêutico, trazendo resultados ótimos e satisfatórios aos pacientes e grande gratidão à minha profissão”.
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