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Ela dispensa muitas apresentações. O efeito de suavizar a contração da região onde é aplicada, atenuando as chamadas rugas de expressão, é bem conhecido. E isso se dá por sua capacidade de bloquear a liberação de um neurotransmissor – conhecido como acetilcolina –, na união entre o nervo e o músculo.
O que segue dividindo opiniões é em que momento da vida é mais recomendável (ou justificável) recorrer a essa técnica aprovada há 25 anos para fins terapêuticos, e há 17 em procedimentos estéticos. É nesse sentido que surge a dúvida: prevenção, tratamento ou os dois?
É importante lembrar que a avaliação feita pelo dermatologista deve levar em conta o histórico de vida do paciente, suas particularidades e a anatomia facial; assim como, o número de unidades por ponto aplicado, quantos pontos de aplicação são indicados e quais as possíveis contraindicações.
Prevenção
Com todas essas questões bem observadas, é possível, sim, recorrer à toxina botulínica em caráter preventivo. Se aplicada quando as marcas do tempo ainda estão suaves, essa toxina adia o aparecimento das rugas, além de evitar que elas se tornem profundas. Nesses casos, as vantagens ainda incluem um resultado mais discreto no presente. E um ponto importante: caso o paciente deixe esse momento inicial passar, os sinais podem se transformar nas chamadas rugas estáticas, aquelas que aparecem mesmo em repouso e são mais difíceis de tratar.
Embora se saiba que o período em que as marcas surgem é, em geral, entre 25 e 30 anos, o momento certo para recorrer à técnica deve ser resultado de uma boa conversa entre médico e paciente. Um bom “alerta” é quando começam a aparecer os sinais dos vícios de expressão – ou quando algumas rugas, mesmo leves, passam a ficar evidentes.
Outra situação que pode ser observada diz respeito ao tipo de pele. Nas secas, por exemplo, as marcas tendem a aparecer mais cedo. E se mesmo com a hidratação em dia as rugas continuam a aparecer, a toxina botulínica pode ser indicada para evitar que o quadro evolua. Já, a peles oleosas tendem a marcar menos. Nesses casos, o surgimento das rugas já seriam, por si, um indício de que é hora de intervir.
Tratamento
O efeito reparador da toxina botulínica é mais conhecido. A injeção da substância é feita estrategicamente no músculo responsável pela linha ou ruga de expressão. O efeito relaxante dá ao rosto uma aparência mais “descansada” e naturalmente rejuvenescida– com resultados que podem ser sentidos de 3 a 4 dias após a aplicação e que duram em média 5 meses.
O procedimento, também nesse caso, só deve ser realizado depois de uma análise adequada da anatomia facial do paciente, sempre adequando às suas expectativas do tratamento.
